Flávio de Carvalho

Flávio de Carvalho

O carioca Flávio de Carvalho (1899-1973), arquiteto, engenheiro, cenógrafo, desenhista, pintor, escritor e teatrólogo, foi um dos mais completos artistas de sua geração. Em 1922, após concluir os estudos na Europa, voltou ao Brasil e iniciou a carreira no escritório do arquiteto Ramos de Azevedo (1851-1928), em São Paulo.
Em 1927, já em carreira solo, passou a apresentar projetos para concursos públicos, como para o Palácio do Governo do Estado de São Paulo (1927), na capital paulista, a Embaixada da Argentina no Rio de Janeiro (1928) e a Universidade de Minas Gerais (1928), em Belo Horizonte. Apesar de não ter sido o vencedor em nenhum deles, na época, já era considerado um dos precursores do movimento moderno na arquitetura brasileira.
Em 1929, depois de um encontro com Le Corbusier (1887-1965), foi chamado de um “revolucionário romântico” pelo arquiteto francês, já que seus planos de introduzir a arquitetura moderna na cidade São Paulo nunca foram concretizados.
Inquieto e talentoso, Flávio de Carvalho sempre se envolveu de forma inovadora e provocativa em diversos tipos de arte, principalmente na arquitetura e no design. Para ele, o design de interiores e a arquitetura estão intimamente ligados e são interdependentes. Ao lado de artistas como Antonio Gomide (1895-1967), Di Cavalcanti (1897-1976) e Carlos Prado (1908-1992), fundou, em 1932, o Clube dos Artistas Modernos (CAM) e passou a realizar espetáculos, exposições e conferências. Nessa mesma época, criou o Teatro da Experiência. Em 1993, encenou Bailado do Deus Morto, espetáculo de teatro e dança de sua autoria, para o qual criou também cenário e figurino.
Em 1934, realizou sua primeira exposição individual. A mostra foi fechada pela polícia sob a alegação de atentado ao pudor e reaberta alguns dias depois. Em 1956, após escrever uma série de artigos sobre moda na coluna “Casa, Homem, Paisagem”, do Diário de São Paulo, em que tratava de arquitetura e urbanismo, causou escândalo ao aparecer em uma passeata no centro de São Paulo com o traje que batizou de New Look, composto de saia e blusa de mangas curtas e folgadas.
Um de seus projetos mais importantes é o complexo de casas na Alameda Lorena, em São Paulo. Construído entre 1936-1938, teve ladrilhos hidráulicos, mesas e até porta-copos criados pelo arquiteto. Para sua casa na Fazenda Capuava (1939), em Valinhos, no interior paulista, dedicou-se a desenhar os detalhes, inclusive alguns móveis, editados nos anos 1980 pelo Nucleon 8, galeria paulistana que reeditou móveis históricos. Uma dessas peças é a poltrona Flávio de Carvalho (FDC1), com estrutura em ferro e tiras de couro, reeditada em 2011 para comercialização em série.

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